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Lindo poema... Confessional, como é do estilo da autora, porém com a transcendência que só o bom poema permite... E que cheguemos a ele a partir das coisas cotidianas: o sapato e a camisa que vou vestir para ir ver a amada, no domingo. E nem precisa que o gosto de chocolate venha fazer a festa das papilas gustativas. O que eu quero mesmo é a singeleza de estar por estar. Com o orvalho do dia-a-dia a me pôr grisalhos nos cabelos e o vinho a me doer da cabeça aos pés, pela imagem que se esvai e me leva pra cama... Pssssiuuuuu! A Poesia veio de graça e com a graça inesperada do bom gosto. Não nos acordem que o outono abriu as janelas ao inverno...
– Do livro A FABRICAÇÃO DO REAL, 2013.
http://www.recantodasletras.com.br/prosapoetica/4292984