Se pudesse lhe falar,Mãe
Mãe,me lembro o dia em que me disseste:-filho venha aprender como se faz um frango,uma carne de panela,um feijão ou um macarrão..
E eu deveras metido em pensamentos meus,mal lhe dava atenção..
ao tempo em que falavas continuamente,acabei absorvendo a lição.
Ao passo que me dizias:-precisas aprender pois nem sempre me terás,
o tempo passa,a vida se esvae,inevitavelmente um dia não mais me verás.
o homem não consegue mensurar a ideia da perda antes que ela aconteça,e assim preferia imaginar que aquelas eram palavras improfícuas,lamentos e murmúrios sem propósitos.
Infelizmente a veracidade daquelas palavras,vim a saber anos mais tarde,manhã de inverno frio,minha mãe partiu sem reclamar sua dor.
Nas tardes de domingo ia ao cemitério,observar seu tumulo,local de sua ultima morada,haviam galhos de roseiras,e pendões em floração.
e dizia-lhe coisas que antes não houvera concebido a idéia,devido ao
engano fugás de eternidade que temos guardado no coração.
Mais tarde na vida vim a saber da verdade,que Deus por meio do seu filho Jesus,um dia irá resgatar-nos da morte,e então todos estaremos juntos.
se pudesse lhe falar mãe,eu diria:-Para ti,é apenas questão de tempo,como um fechar e abrir de olhos,tens o teu galardão,
para mim,ainda que passem anos,esperarei deveras em alegria,esperança e retidão..