A CONSTRUÇÃO DE UM POEMA
Uma praia...
Um lugar aprazível...
Uma tórrida noite de amor...
Momentos de dolorosa solidão ou aleivosia...
O terminar de uma paixão...
“Lapsos” e “insights” do transcender poético...
Idéias súbitas ou pervicazes...
Sonhos... premonições...
Fatos havidos... atos vividos...
A capacidade receptiva do percipiente...
Os verdores de uma inspiração poética,
Transmutando-se em pensamentos versejados;
Um desejo incontrolável...
As primeiras linhas...
Pausas para refletir...
Vivifica o pensamento!
Conjecturas e divagações...
Os versos, a métrica, o ritmo...
Uma, duas, três estrofes...
Eis o poeta confabulando com a sua alma!
Dignifica “bardo”, o teu exuberante labor,
Por ser uma tarefa nada espartana!
Consubstancia e constrói o poema
Literalmente com o suor do teu rosto;
Eterniza a tua insólita inspiração literária!
Orgulha-te do teu feito!
Sacia a tua fome como qualquer outro ser...
Grita ao mundo o teu versejar,
E aguarda o anunciar da eternidade...
Decerto falarão de ti:
O tempo e a vida...