Amor que embriaga




Uma vez do sono despertado,
A cama se tornou uma tortura.
Passeando a esmo pela casa
Parei em frente da janela.
A madrugada era nevoenta e fria,
As luzes coloriam a neblina na rua deserta.
Só eu a observar o silêncio.
As luzes do stand by às minhas costas
Contrastavam com a escuridão da sala.
O único som audível era minha respiração.
No ceu nublado as estrelas fugiam de mim.
Enquanto as horas deslizavam lentas,
Pensamentos dúbios me atormentavam.
Enfim, a escuridão fugia expulsa pela aurora,
Que me cumprimentou em lágrimas,
Que escorriam pelas vidraças das janelas
E pelos para-brisas estacionados na rua.
No quarto ao lado a cama rangia
Com o peso de o teu despertar.
Sentiste a minha falta na cama
Pois ouvi tua voz sonolenta a me chamar.
Voltei e me aqueci com o calor do teu corpo.
Os lençóis macios foram testemunhas do nosso amor.
Nossos olhos se contemplaram felizes
E aos poucos adormeci novamente.
Acordei aos acordes da canção que ouvias
E partilhamos a emoção daquele momento,
Cúmplices desse amor que nos embriaga.

Edmilton Torres
Enviado por Edmilton Torres em 06/05/2013
Reeditado em 06/05/2013
Código do texto: T4277473
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