A MÚSICA EM SUA IMENSIDÃO... e eu!

Ela ecoa num universo vago e preenchido, que é só meu.

Ela me atinge com a força de uma flecha e faz minha alma desaguar, como um mar, em qualquer lugar.

Ela não me conhece, e eu não posso viver sem ela!

E eu... Não consigo controlar.

A persigo, a sequestro, sem resgate de outro requerer. É ela, apenas ela, com suas sensações que quero.

A quero impregnada em mim...

Na minha alma. Na minha pele.

Onde eu for... Em parceria com a alegria que em momentos sinto. Com a angustia que constantemente sinto. Com a reflexão que sempre faço. Com a nostalgia que trago.

A MÚSICA... e eu, pequenininha perto de sua imensidão, louca para que ela se transforme em ondas gigantescas e me arraste consigo.

Ansiando ser envolta por ela, como as chamas em produtos inflamáveis.

Trago-a comigo e a trago em fumaças e resquícios.

Sonho, que as tragadas em volumes e sons, se transformem em pintura no céu, no ar, no respirar.

Quero, que as experiências e emoções de outrem, como tatuagem, fiquem marcadas em mim.

Desejo, que mesmo sem técnica, mas com história e sentimento, ela use a sua delicadeza para penetrar o labirinto fino, escuro e dúbio que é o Eu.