Mentiras

Eis a falação!

Somos todos mentirosos...

Traço inevitável na Humana comunicação.

Instintivamente pensada nos dolorosos e dita sem desmodos.

A finalidade é pessoal.

Esta na cordialidade dos pretensiosos,

Dos galantes.

Nas boas intenções dos insignificantes,

Das verdades do marginal.

Não pense que a mentira maquia levemente

Realidades criam sujeições que criam intercessões.

Interfere em outras mentes.

Atrasando não apenas diversas revelações,

Mas, sim, aniquilando-as.

Todos mentem – aplicam uma camada no perfil de ser.

Temperam uma estória fantástica,

Camufla um causo em plástica.

Ficciona o imaginário sem remorso o deter.

Ainda juntamos os pés pra criar verdades.

Sem vergonha numa cara que esconde a coroa,

Mesmo que em desastre tenhamos que escapar da realidade.

A cartilha platônica da mitomania perdoa!

É na politicagem que o dia-a dia da mentira decora...

Às vezes nem notamos graduação.

Pra demonstrar simpatia penhora.

Pra omitir autores,

Pra dissimular punição.

Pra fingir sabores dá o fora que não importa a solução.

Muitas verdades são mais prejudiciais que poucas mentiras.

Isto é percebível.

O valor das circunstâncias possíveis de honestidade,

Varia com a situação de engano.

Muitas vezes elas trocam de posições.

Uma se torna a outra.

Mascaras caem.

Historias surgem.

Contos terminam.

Fantasias se descobrem.

Mas quem calça quem em detrimento de outrem,

Não responde nem designa ninguém.

Titubeiam exclamações disfarçadas...

Relaxe, isso não passa de suposições para chamar a atenção

Soprar aos artifícios no relacionamento das palavras.

Como nem tudo que reluz é luz.

Talvez não deliberadamente condene a ação,

Mentir descarada, mente desejando razão.

São cabeludas sem nexo, que nada tem a ver.

São descaradas em retrocesso, de tudo que tem saber.

A fajutice encara na vontade de obter.

A prudência alija na vontade de conter.

São deslavadas em efeito, que resiste arteira.

São desnudadas sem jeito, que persiste sujeira.

Tarefa de seres...

Meramente ilusório ou real.

Desperdício propagado por eloqüências,

Entre humanidades que o acento é sinal.

De trajetórias que vibram conseqüências.

Mentir ou não mentir?

Eis a opinião.