Meu universo de criança

Parar e se recordar

Ver como a infância era linda

Inundada de poesia

É ao mesmo tempo

Ver que crescer traz experiências

Mas ofusca a magia

Parar e olhar pra trás

Ver como o tempo castiga

E cura a ferida

É ao mesmo tempo

Ver que maturidade traz vivências

Mas ofusca a poesia

Quando eu era criança, andava como criança;

Pensava como criança, vivia como criança;

Corria pelos campos e não entendia

Como poderia haver orvalho

Não entendia, não chovia.

Olhava para o céu quando então chovia

E o arco-íris se formava

No final haveria ouro? Ouro de tolo? Poderia?

Minha cachola imaginava

Que ainda no arco-íris haveria magia

Transformação

Viraria menino? Temia

Coisa de criança, ilusão.

Quando cresci abandonei tais coisas

Deveria então como jovem de hoje agir?

Pensar demais, sonhar de menos.

Chorar demais, sorrir de menos.

Arco-íris perdendo o encanto

Orvalho perdendo a beleza

Parar e me ver agora

É saber que as coisas mudam

E o tempo passa

Perdem a beleza

Perdem a graça

Mas no sorrir e ver tudo se refazer, esperança.

Deixar-me inundar no meu ainda universo de criança

Saber que posso deixar até perder a magia

Mas nunca poder esquecer-me da poesia

Angela Dias
Enviado por Angela Dias em 01/05/2013
Código do texto: T4268878
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