Imensidão
Por vezes questiono-me:
Quão grandioso é obter a felicidade
Se me detenho á procurá-la e entendê-la
Deixando-a fugaz ao êxito?
Onde poderei acalentar meus pensares
Se poucos fazem próprios á si mesmos?
Há então, uma plenitude – divina talvez
Que conceda-me o prazer pelo existir tolo, porém vivo?
Quem há de me provar o encontro perfeito
E exuberante entre seres, corpos, feições e mentes?
Sinto-me às vezes primordial em ações,
Outrora, até mesmo falho,
Por não deixar-me aos ventos reluzir as propriedades de querer e poder.
Mas, ei de personificar a existência,
Quando nossos prazeres, desejos e vontades reivindicam a Vida?
Que haja á cobiça, toda ambição,
Pelo proveito intenso e completo de cada dia.
Ou até mesmo pela realização pessoal em conciliar as primordiais liberdades de existir.
Então, que lacuna existe entre os devaneios humanos,
Se não o amor?
Todavia a dor
Por querer apropriar-se da vida,
Mesmo que a felicidade seja quase iníqua?
....Quem sabe sejam apenas meros argumentos para justificar todo o sofrimento que sentimos na perlonga do ser.