Imensidão

Por vezes questiono-me:

Quão grandioso é obter a felicidade

Se me detenho á procurá-la e entendê-la

Deixando-a fugaz ao êxito?

Onde poderei acalentar meus pensares

Se poucos fazem próprios á si mesmos?

Há então, uma plenitude – divina talvez

Que conceda-me o prazer pelo existir tolo, porém vivo?

Quem há de me provar o encontro perfeito

E exuberante entre seres, corpos, feições e mentes?

Sinto-me às vezes primordial em ações,

Outrora, até mesmo falho,

Por não deixar-me aos ventos reluzir as propriedades de querer e poder.

Mas, ei de personificar a existência,

Quando nossos prazeres, desejos e vontades reivindicam a Vida?

Que haja á cobiça, toda ambição,

Pelo proveito intenso e completo de cada dia.

Ou até mesmo pela realização pessoal em conciliar as primordiais liberdades de existir.

Então, que lacuna existe entre os devaneios humanos,

Se não o amor?

Todavia a dor

Por querer apropriar-se da vida,

Mesmo que a felicidade seja quase iníqua?

....Quem sabe sejam apenas meros argumentos para justificar todo o sofrimento que sentimos na perlonga do ser.

Julien Hoff
Enviado por Julien Hoff em 30/04/2013
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