...trecho do livro : DIVAGAÇÕES POÉTICAS
● Plácidos, exíguos e efêmeros, foram os dissabores. Capitaneados pela emoção debruçada e esparramada sobre a mente, principalmente, durante os vários instantes de tempestades nebulosas das ideias. Verdade é que nem sempre angustiaram, mas, que, às vezes, foram despejadas como lavas vulcânicas ferventes durante os momentos de profunda erupção emocional. De forma paradoxal, lançou-se ao mesmo instante mais oxigênio às cinzas já apagadas, onde já se encontravam encarceradas ao fundo do calabouço frio e escorregadio da caverna sentimental. O ser físico aliado ao ser interior, ambos acobertados à solidão específica de cada ser. Enquanto isso, metamorfoses aconteciam pelas lágrimas derramadas, com direito a um descansar indescansável em virtude do séquito repetido. Tolice ou não, eis a questão ! Convém, todavia, não esquecer-se, da essência e do valor da palavra ativa, altiva, revigorante, sincera, libertadora, que desperta vida em meio ao deserto cálido e ressequido da emoção negativa… palavra que ainda petrificada pelas experiências mal sucedidas de vida em sua dinâmica de ação, desgastada pelo temor do sonhar mais uma vez, continua presa aos lábios rachados que se definhavam pela repetição dos pedidos de socorro. Ainda assim, convém enobrecer-se pela própria consciência e o auto-reconhecimento do caráter humano, portanto, passível a desacertos, seja qual for a situação e o instante, e aceitar que o horizonte sonhado localiza-se também na forma patrocinada pelo conhecimento de se olhar a vida. Não esmaecer-se jamais, não diminuir-se, não restringir-se, sentir-se capaz de superar qualquer tipo de centelha atroz. Pobre de quem espera como única e final alternativa de vida, alimentar-se da última gota de esperança que possa despontar do acaso ou da concessão do reconhecimento de terceiros. Os Amores existem ! Descobri-los… passa com certeza, pela percepção de mundo que se tem, acerca dele..