MINHA IRMÃ

MINHA IRMÃ

Na infância, ainda muito crianças,

tínhamos a cumplicidade no olhar,

quando brincávamos ou recebíamos broncas,

No sentar para comer e fazer palhaçadas á mesa,

a fantasiar coisas próprias da idade.

Horas de cochicho na cama até pegar no sono.

Fomos crescendo junto, o peso da responsabilidade

na busca de outros horizontes, aí o distanciamento,

outros quereres, planos que se traçam e frustram-se,

sonhos que ficam perdidos na memória,

olhar longe com receio de cruzar os olhares.

Se perdendo no muito em teríamos a fazer.

Que o meu entardecer, seja o seu amanhecer,

só que esse sol é o mesmo, eu sou a mesma.

Toda vez que veres uma rosa

saibas que ela simboliza o amor,

esse minha irmã, que sinto por você.

Quando sentires uma brisa leve, sou eu a te abraçar,

Ao olhar para o mar e ele estiver revolto,

é a saudade dentro do meu peito.

A distância é um detalhe.

O pulsar do coração é a esperança de alcançar o sucesso.

A chegada é a alegria

de ver uma irmã a casa retornar.

JANINE DA PALHOÇA
Enviado por JANINE DA PALHOÇA em 29/04/2013
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