MALDIÇÃO

Cai, cai, canção. Cai, cai, canção, aqui na minha... Não!

Ribomba a pele do surdo ferindo-me os ouvidos, marcando o passo para a

grande marcha da mentira. Ordinários, marchem!

Murchem as flores das minhas idades enquanto o demônio em meu bolso

não para de chamar. Chama, chama... Chamas no juízo de quem já nem o tem,

desde que, demente em sua banqueta ouviu as perguntas de seus futuros:

A partir de qual idade? Em que mês?

Porque deixaste? Não eras tu?

Tum, Tum, Tum... Tomara que caia das mãos dele a baqueta.

Ó, Deus! Porque me fizeste ouvir, ver, sentir mais que o suportável?

Ordinários, murchem! Ouçam a minha maldição:

Cai, cai, canção. Cai, cai, canção, aqui na minha... Não!

Prof Lucivaldo
Enviado por Prof Lucivaldo em 29/04/2013
Código do texto: T4264790
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