Força avessa

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Enfim, bates de cara com teu clone, confunde ainda, porque o espelho não "te" reflete. Porque há um espelho falso dentre tantos outros, o que reflete tua fisionomia e vai além, troca imagens da tua fisiologia e te faz refletir também, mas esquece que em um corpo sopra vida.

Enfim, desesperador.

Se teus pensamentos detiam a certeza da minha prisão, teus olhos vêm o equívoco deles.

Meus olhos confessam paixão (por ti?), mas não sei se sou desatenta ou do mundo futuro, que quando longe, esqueço de sofrer com a força do desejo que chama teu nome nos "sei lá quantos" poros do meu corpo.

Enfim, me ponho em dúvidas e te convenço que lutar é um instrumento de vitória.

Enfim, me ponho dentre teus pensamentos e voz, dentre tua inércia e teus desejos.

Me infiltro na tua calma e na tua agonia, seguro tuas esperanças e teus superlativos.

Invado teu sossego e teus sonhos, escondo teu travesseiro.

Derramo desvarios, volúpias sobre teu corpo.

Perturbo tua alma e choro com teus olhos.

(...)

Tua dúvida constante: "Quem és tu, que vens e vais pelos mesmos caminhos, trocando passos, invertendo minhas vontades e o efeito-estufa que abençoa o meu jardim... que esquenta os desejos e apazigua ansiedades, e me planta uma árvore todos os dias e adequa meus defeitos e envergonha meu versejar, e descarrega minhas armas usando as minhas mãos?"

Que nesta dúvida venha-te esta: "Sou a brisa leve que anuncia 'uma louca tempestade', meu amor!"

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Força avessa, só com ela a pipa voa queridos e queridas! ;D~~

Nathanaela Honório
Enviado por Nathanaela Honório em 26/03/2007
Reeditado em 07/11/2008
Código do texto: T426357
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