Vidas perdidas
Cheia de mágoas e sentida
Acordou assim aquela vida
Bocejou e reclamou do sol
Reclamaria da chuva também
Via-se encalhada num atol
E não bastava dizer amém
O tédio pedia mudanças
Queria inverter a saudade
Mudar o rumo das andanças
Voltar quem saiu à tarde
Deixar quem ficou com a manhã
Via desgastar-se espera vã
Quando uma vida passageira
Quis saber –Oi companheira”
Como se chega no fim da espera?
Além do tédio, instalou-se a dúvida
Para onde mandar alguém ir
Se não sabia nem ficar
Somaram suas expectativas
Descobriram dentro delas nativas
Que uma a outra precisava encontrar