Revestida de luz
abre os braços e segue o caminho
com sua imagem em cruz, brilhante
projetada no céu negro e belo, reluz
tal qual uma figura onírica de Di Cavalcanti...
tal qual uma figura onírica de Di Cavalcanti...
Lobos a seguem, sorrateiros, famintos...
Chove estrelas, num ballet frenético
enquanto a lua, tão bela
e ainda nua
testemunha tal fato, retirando-se ao final do primeiro ato...
enquanto a lua, tão bela
e ainda nua
testemunha tal fato, retirando-se ao final do primeiro ato...
e ela, única bailarina, faz um gesto magnético
atraindo sobre si, o macho reprodutor
dançam e se acasalam, com amor...
então, fertilizam a terra, que recebe suas sementes...
e meio prenhe, quase grávida, afaga seus afetos, seus fetos
que logo serão belos... rebentos
tão livres quanto o vento...
que logo serão belos... rebentos
tão livres quanto o vento...