Sertão

Alguns sertanejos agora choram, destinado a sofrerem pela seca, abandonados pela leia dos homens e desagregados pela natureza.

Os gados agora secam sobre a beira das estradas e junto secam corações indefesos e meramente mais puros por não se infligirem por mídias.

Dentre a secura da vida, entre os secos políticos, a morte tão anunciada ocorre sobre nossos olhos todos os dias, me dói não pode regá-los com as lágrimas que agora me caem, me dói não fazer chover.

Resta-me orar a ti, senhor, por mais que eu não o faça, o farei para que ao menos transforme minhas lágrimas em chuva.

Oh pai, regue os infelizes que agora choram para refrescar a própria pele, creio que não será mais difícil acabar com a seca no sertão, do quê, regar os corações ambiciosos que se transformam em réis e se findam a nada.

Por mais que as mortes não denotadas pelas mídias não se expunha, minhas lágrimas irão expuser-se por sentir a dor de um próximo distante em coração, distinto em sofrimento.

Sávio Soares
Enviado por Sávio Soares em 24/04/2013
Reeditado em 24/04/2013
Código do texto: T4257144
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