rasgando os inóspitos olhares

desenhando horizontes distintos

rasgando os inóspitos olhares,

ainda que desdenhados pelas sombras,

riem ao passo de uma valsa solitária e niilista

mas já não chora ao ouvir seu silêncio

clamar amor quando volta aos braços da saudade,

não desperecebe a lua se ela paira num céu triste e longínquo,

simplesmente o embeleza, e com ela flerta.

são os olhos da amada.