Nunca tive um "pra sempre"
Nunca tive um “pra sempre”
Para acreditar,
Só as minhas razões
Eram o que me faziam crer mais
Nas coisas que andei errando
Por não saber,
E no tentar de novo
Até que se encontre o temor
De encontrar dentro seu eu
Uma forma de se expressar
Que talvez não seja triste,
Que talvez não seja forte ,
Mas que seja uma forma de acreditar
Em tudo no que seja seu.
Quem consegue acordar de manhã
Tendo a noite na cabeça o tempo inteiro?
Quem consegue
Ter uma mente insana
Com pequenos espaços de tempos
Em momentos de espantos?
Nunca tive um “pra sempre”
Para acreditar,
Mas não acho que eu
Estou muito longe de mim mesmo
Onde passei a vida inteira
Acreditando em mim
E acho isto às vezes um horror;
Acreditar em coisas
Que não tenham nenhum sentido.
Preciso pensar muito nisto?
Acho que não. Acho que sim.
Na solidão, ás vezes
É o melhor estado em que me vejo,
Pois, assim olho para os lados
E não vejo ninguém
Acreditando em mim.