O Fantasma de meu aniversário.
Outro ano que se passa
Deixando uma sombra ao chão que passou.
Passou rápido e indolor.
Passou com uma espécie de sorriso insultante ao me fitar.
Parece que o seus olhos me diziam algo,
Por quê, me fitava daquela maneira...?
Foi a forma que eu mudei?
O amor que em mim amarrei?
Os anos passados que não aproveitei?
Talvez tenha razão meu caro amigo.
Infelizmente eu tenho mudado
de forma rápida, angustiante e agressiva.
Não existe dor nessa mudança.
Vivo uma repetição sem conforto.
Que com o passar, perdeu o sentindo.
Entristeço, calo-me,
Sufoco meu grito
Com uma mordaça simples e antiga.
Dada por uma prostituta qualquer de sorriso grande,
Em uma noite qualquer, em um hotel de Brasília.
Noto que agora, solitário,
Eu sou o meu inimigo íntimo.
Acordo em meio a cruzada de valor urgente.
Incógnitas gigantes existem em mim,
Como um quebra-cabeça que perdeu peças no caminho.
O que está acontecendo comigo?
Será que o rapaz sonhador, alegre, amigo e presente...
Se dissolveu com suas visitas?
Novamente você me visita
Deixado um novo número impregnado em minhas costas.
Eu sei que você ainda há de me visitar novamente,
Talvez não em meu aniversário.
Mas sei que irei provar de seu beijo
gelado e de seu abraço amigo.
Provarei o gosto estranho de seu corpo,
de forma bela.
Sei que me levará para o eterno fechar de olhos.
Para escuridão do espírito.
Andarei contigo na estrada sombria,
até cair no abismo do esquecimento.
Irei te abraçar, e contigo, deitarei de forma confortável.
Sem medo! Sem dor...Sem dor... sem, dor!