Fachada
No teatro da vida, como nas esquinas
ou calçadas
Milhares de seres humanos vivem a
perambular
Sem rota, rumo ou destino, provando
os desatinos
Vivendo por quase nada, vestindo
a fantasia
Da alegria dissimulada, da paz jamais
encontrada
Subtraindo os dias, vivendo só de fachada.
Fachada que custa a vida, a felicidade
sonhada
A serenidade do amor.
Sobram portas abertas, caminho certeiro
da dor
Solidão entre as paredes da rede que
enlaça almas
Perambulantes no escuro, distanciadas
do amor
Resignadas na dor, rotina das existências.
Clemência palavra rara, felicidade utopia
No circo da alegria pleno de pompas
encenado
Palco roto do momento, realidade
tormento
Sobram lágrimas faltam sorrisos diante dos
abraços esquecidos
Assim caminham as vidas
Representam qual atores, num mundo
de dissabores
Vestem da alegria o manto, pintado de
todas as cores
Quando almas em preto e branco esbanjam
lágrimase dores
Que cortam sem pena o peito diante
do mundo imperfeito
Das pessoas materialistas interessadas
na conta
Do que podem amealhar, interesse infernal.
Vazio pleno de medos, visgo de melancolia
Entre telas de saudade e máscaras de alegria.
Rios de decepção, emoções trancadas à ferro
Disformes gritos perdidos ecoam nas valas
fundas
Desfilam alegorias na procissão silenciosa
Vultos envoltos em negro portando
velas apagadas
Pagam promessas vencidas, pactos de
vidas falidas. Ana Stoppa
No teatro da vida, como nas esquinas
ou calçadas
Milhares de seres humanos vivem a
perambular
Sem rota, rumo ou destino, provando
os desatinos
Vivendo por quase nada, vestindo
a fantasia
Da alegria dissimulada, da paz jamais
encontrada
Subtraindo os dias, vivendo só de fachada.
Fachada que custa a vida, a felicidade
sonhada
A serenidade do amor.
Sobram portas abertas, caminho certeiro
da dor
Solidão entre as paredes da rede que
enlaça almas
Perambulantes no escuro, distanciadas
do amor
Resignadas na dor, rotina das existências.
Clemência palavra rara, felicidade utopia
No circo da alegria pleno de pompas
encenado
Palco roto do momento, realidade
tormento
Sobram lágrimas faltam sorrisos diante dos
abraços esquecidos
Assim caminham as vidas
Representam qual atores, num mundo
de dissabores
Vestem da alegria o manto, pintado de
todas as cores
Quando almas em preto e branco esbanjam
lágrimase dores
Que cortam sem pena o peito diante
do mundo imperfeito
Das pessoas materialistas interessadas
na conta
Do que podem amealhar, interesse infernal.
Vazio pleno de medos, visgo de melancolia
Entre telas de saudade e máscaras de alegria.
Rios de decepção, emoções trancadas à ferro
Disformes gritos perdidos ecoam nas valas
fundas
Desfilam alegorias na procissão silenciosa
Vultos envoltos em negro portando
velas apagadas
Pagam promessas vencidas, pactos de
vidas falidas. Ana Stoppa