CHUVA PASSAGEIRA.
Chagaspires
De repente tudo emudeceu.
O tempo escureceu; o vento parou ,e num passe de mágica a chuva despencou forte e quente.
Foi como se o céu abrisse as comportas, derramando toda água por sobre a terra.
As árvores com o peso da chuva pareciam como idosos encurvados pela força da idade.
Os coriscos e relâmpagos cortaram o firmamento como setas incandescentes jogadas pelo arco de Zeus.
O rebumbar dos trovoes encheram o ar de um barulho ensurdecedor, colocando pavor nas pessoas que passavam.
Como um torvelinho o vento voltou a soprar, e foi arrancando galhos e levando folhas pela rua afora; que atabalhoados pareciam fantasmas em disparada.
Arvores foram arrancadas; telhados levados, e a enxurrada arrastou automóveis, e pessoas como se fossem palitos ao sabor da correnteza.
Então por encanto tudo cessou; deixando um destruição profunda com cheiro de morte.
Foi mais uma tempestade de verão que fustigou a cidade.