Solidão ... a fiel companheira
Hoje, pela primeira vez, depois de um longo tempo, estou sentindo o peso da solidão, principalmente por não ter alguém especial para sentir falta. É um vazio diferente, que atinge a cama e a alma, inunda o corpo e estremece os ossos. É uma falta grande, que ao certo não sei se alguém especial a preencheria ou, ao menos a minimizaria, pois é algo que vai além do compreensivo ou do suportavelmente imaginável. É algo que não tem forma ou cheiro, nem cor e nem sentido, só chega sem avisar, invade sem pedir permissão, permanece mesmo não sendo desejada e não vai embora quando a expulsamos, só fica ali, sem nada a nos oferecer, nem nos cobrando nada, apenas nos impondo a sua amarga e incansável presença, sem amor e sem pudor, apenas ficando ali, quieta ao nosso lado, imperceptivelmente como nossa única, fiel e insaciável companheira.