TODO EXTREMO É PERIGOSO (?!) – 1 ...


Diria, em resposta a essa questão sobre opostos que pode ser relativo!!! Porque depende de que extremo se esteja falando... AFINAL, seria possível apresentar exemplo positivos e exemplos negativos, tanto de um extremo quanto do extremo oposto...

Lembro que corriam os anos setenta e, o sábado era o pior dia de trabalho naquela mercearia: Por um lado era a feira (no município) e se por um lado aumentava a quantidade de clientes (e a possibilidade de vendas); por outro lado, o expediente ficava mais puxado e, saiamos no mínimo uma hora depois que o habitual (sem direito a horas–extras)... Isso sem contar com o fato que, por aumentar as vendas, era obrigação ficar de olho nos clientes desconhecidos para identificar possíveis pessoas que levavam mercadoria sem pagar...

Considerando o fato que, havia a possibilidade das vendas aumentarem, alguns produtos como arroz, açúcar, e feijão... Somente chegavam no final da sexta e, dependendo da hora da entrega do produto, se gastava umas três horas transformando sacas em embalagens de um ou dois quilos...

E, num sábado pela manhã, entrou o fiscal da SUNAB (acho que era esse o nome do órgão) e, vendo o produto no chão me ainda sem etiqueta de preços, não pensou duas vezes, tacou a multa... E, fiquei pensando: Sem perguntar o motivo???

AGORA, outra história (também) abordando preços (em busca de notoriedade política)... Eram os anos oitenta e o preço da carne de bovina subiu muito me o ministro achou que a questão era tirar o boi do pasto e colocar no matadouro... ASSIM, começou o modismo da fiscalização dos consumidores aos preços tanto da carne quanto dos outros produtos nos supermercados da cidade... Havia colegas na nossa empresas que não mais trabalhava na empresa, pois passava o tempo do expediente indo de um supermercado a outro conferindo preços... ERA O FAMOSO FISCAL DO GOVERNO...

Nessa época a vida ficou engraçada... (Ainda bem que não havia internet, para excesso de murais dos fiscais)... A pessoa estava tentando se concentrar em alguma atividade da empresa (ainda era o tempo de máquinas de escrever) e, mais que de repente entrava alguém com um produto na mão e uma Nota Fiscal na outra – não era o contador da empresa, antes algum consumidor que fazia questão de explicar: No Supermercado tal, isso estava sendo vendido um centavo acima da tabela oficial e, insisti para que me dessem uma NOTA FISCAL e vou denunciar...

Ainda bem que o modismo foi passageiro... Pena que o consumidor (como sempre) leva fumo que nem cachimbo, enquanto quem vende continuará contando o dinheiro...
Chagas dhu Sertão
Enviado por Chagas dhu Sertão em 12/04/2013
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