Essa Água!
Ó, senhor juiz,
Quantos anos de parede,
O senhor dá pra essa água,
Que matou a minha sede?
Eu só posso lhe dizer,
Como foi que sucedeu,
Muito antes d’eu morrer,
Ela me apareceu!
Eu balançava nessa rede,
E a rede balançava comigo,
Era o calor que me açoitava,
Mas, ela era o meu feitiço!
Sobre ela eu me jogava,
E me banhava, eu sei disso,
Mas era ela que me abraçava,
Como areia movediça!