ADVENTO ( reduto de karmas ) de: Osmarosman Aedo
QUE VENHAM
Comiserações de arigós,
Seitas que não se sustentem
E perguntas sem justificativas necessárias,
Aos eleitos sem votos: SENHORES SEM LEIS.
QUE VENHAM
Falsos ídolos falsos
Concebidos por uma mídia mentolada
Que não mais se importa
Com a responsabilidade das notícias,
E que juntem-se às sensacionalistas crenças de amor ao póximo
Que, além de não saber explicar sua origem
Desfazem ideias cleptas de quando, quando pequeninos
Ouvíamos causos de nossos pais.
QUE VENHAM
Farças revestidas de verdades mentirosas
E que rastejem o que sobrar de quem as segue,
Por entre os pedaços de vidros quebrados
Que já guardaram tantas manias terrenas, VENHAM...
QUE VENHAM
Formas indivisíveis e que estas
Misturem-se as já divididas outras formas individuais
E que unificadas aos tropeços que a ingratidão causa,
Despersonifiquem as mãos que obram e que tanto clamam paz,
Com a vingança devedora, das noites de lua no mar.
QUE VENHAM: Os Brutos, os Castos, os Puros de visão e os Indecisos.
E que consigam, tragam: os Fortes, os Intrépidos, os Servis
E os que daqui só queiram orações.
E que levem apenas as promessas,
Mas, que revidem quando NÃO
E ordeirem-se se o SIM, for, deveras...
E QUE VENHAM ENFIM
Andorinhas ( em tempo de fuga ),
Colibris ( em versos de poetas )
E pirilampos azuis ( como fossem rota de toda penumbra )...
E que alinhem-se depois do universo
Numa sucessiva porém, suave chuva de meteoros,
Fazendo nascer assim
Uma nova ordem universal: CADA UM POR SI
E SI,
POR TODOS NÓS.