(A)Caso da madrugada

Na madrugada a neblina se faz, esfriando os corações e deixando gotas

de orvalho pela manhã. Deixo o vento fumar meu cigarro enquanto observo o movimento na escuridão. Pode-se ouvir os cães, os gatos, o som dos carros e dos aviões. Mas, a voz para acalentar-me, onde estás ? Mesclada dentre a neblina distante talvez...

Bem queria teus braços apenas a abraçar-me, pois, muito sinto tua falta, amor. Joni Mitchell toca no rádio e sinto ainda mais a dor da saudade. Na melancolia da letra e da voz observo a lua caindo lá longe,

do outro lado. Porque os relacionamentos não permanecem os mesmos?Porque tendem a desabrochar ? É triste quando algo belo e verdadeiro se desfaz.

Não sei ao certo o que paira no ar, senão meu pensamento junto à relva molhada, que voa, alça voo distante, onde nem eu possa me encontrar. Amor é necessário. A vida constitui-se de amor e relações interpessoais, quando disso não mais se tem, tudo esvaece...inclusive o amor pulsante dentro de nós, aquele que jurávamos ser eterno.

Pensamentos noturnos, sem nenhum propósito, sem muitos fins e afins, apenas pensamentos jogados. Permaneço aqui, sem entender metade do que se passa. Observando a névoa, pensando coisas mil enquanto o meu tempo (vazio) se passa. Assim é. Momentos cheios de inspiração e sorrisos verdadeiros; outros, vagues na escuridão e sentindo a dor da saudade e do anseio...

Assim permaneço.

Larissa Maciel
Enviado por Larissa Maciel em 05/04/2013
Reeditado em 24/09/2013
Código do texto: T4224439
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.