OLHANDO O RIO
Gosto de ficar aqui quieta, sentada. O silêncio me rodeia e me envolve.
Deito o olhar para fora e vejo o grande rio. Uma paz serena e constante envolvem as águas desse caudaloso rio.
A mim parece que ele tem consciência da força que possui, e por isso corre tranquilo, sem precisar provar nada a ninguém.
Convive em paz com as gaivotas, que vem descansar ou pescar em suas águas. O rio, oferece pouso aos bandos de patos selvagens, que toda manhã aterrisam felizes em suas águas geladas.
Para as embarcações de todos os tamanhos, que não param de passar, ele abre caminho, sem receio.
Até aviões aquáticos pousam, todos os dias em suas águas.
Quando vez ou outra o rio está só, de minha janela o vejo pensativo, introspectivo, e calmo, parece pra mim, que ele medita em sua utilidade, e feliz segue servindo ao Criador.
E assim o rio segue seu rumo, indiferente ao burburinho do outro lado de sua margem. Ele sabe que pode contar com o silêncio de suas profundezas.
(Imagem: Lenapena- East River/NY) Prosa escrita em 03/02/2013