Professores
O silêncio hoje decidiu sair da minha rua; e nua, minha alma erra em meio a um espaçoso alarido; duvido que a paz conviva com tais inquietações, são corações atribulados, penso...
Mas, quem garante que meu pensar não erra, berra um aqui outro acolá, e os neurônios tropeçam no desconforto; a torto e a direito espalham mau gosto, bastante...
Seu mal nem é maldade, somente, ausência de luz; pus essa ideia na mente, pensando melhor; seu maior anelo é mostrar o que têm, porém, sem noção; triste, mas, e a verdade...
Se meu escrito padece ausência de nexo, anexo minhas desculpas, pois estou atordoado, arisco; entenderia quem privasse a balbúrdia que privo; o crivo não separa grão e cisco...
As melhores intenções ainda resultam ruins, se vertem de um coração pequeno; um matiz vistoso já não me dobra, pois, não é a cor da cobra que identifica o veneno...
Acreditam celebrar a ressurreição de Jesus, enchendo a cara, que besteira! Como mariposas orbitam a luz, assim giram eles, perto do álcool e da churrasqueira...
“Como a abelha trabalha na escuridão, o pensamento trabalha no silêncio e a virtude no segredo.” Segundo o dito de Mark Twain, meu pensamento está incapacitado, tudo bem;
Eu sei que presto voltará, assim que amainar esse afã; amanhã, o barulho baterá em retirada, minh’alma dará risada, agregada ao sólido pensamento de Gibran:
“Aprendi o silêncio com os faladores, a tolerância com os intolerantes, a bondade com os maldosos; e, por estranho que pareça, sou grato a esses professores.”