chave
na hora de sair, cadê a chave? no meio dos livros? entre as meias na gaveta? no vinco das toalhas dobradas? dentro do saquinho de pipoca? no varal entre cuecas e calcinhas, dentro do bolso de uma bermuda? quando eu me encontrava a ponto de endoidecer, fato corriqueiro na minha vidinha mais ou menos, ela me gritou com sua voz de metal de debaixo do tapete: poeta pateta, tô aqui!!!