No vácuo daquele tufão
estão sendo sugados, meus sonhos
e do interior de mim, o verso e a poesia
transpostos um a um, a caminho do morredouro
calabouço de mi'alma impávida, fria...

Os cristais respingados dos olhos meus
ofertam réstias de luz
à entrada desta caverna escura
semiconsciência adormecida, esmaecida!


E a luz do meu avesso,
expurga a dor e o passado
deste turbilhão de incertezas
restos de inverdades não ditas
ereges, malditas
deste silêncio sepulcral
a caminho do cadafalso...



Nana Okida
Enviado por Nana Okida em 25/03/2013
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