No vácuo daquele tufão
estão sendo sugados, meus sonhos
e do interior de mim, o verso e a poesia
transpostos um a um, a caminho do morredouro
calabouço de mi'alma impávida, fria...
Os cristais respingados dos olhos meus
ofertam réstias de luz
à entrada desta caverna escura
semiconsciência adormecida, esmaecida!
E a luz do meu avesso,
expurga a dor e o passado
deste turbilhão de incertezas
restos de inverdades não ditas
ereges, malditas
deste silêncio sepulcral
a caminho do cadafalso...