QUIETAÇÃO DA ALMA

E de repente a alma aquietou-se

Como plaina no mar o mergulhão,

Farejando a isca que há nas profundezas

De um oceano de imaginação...

E o mar, embora revolto,

De ondas em turbilhão,

Beijava a areia na praia...

Esticando a espuma das águas

Cobrindo de amizade,

A vida e a solidão...

E a alma aquietada

Das dores do coração

Adormeceu no cansaço do dia

Sonhando mesmo acordada...

Que o que há entre o céu e a terra

São frutos da ilusão .