Não basta ouvir
Não basta ouvir.
É preciso calar a voz
e tornar-se vazio de si mesmo,
deixar que o canto atravesse os vazios do silêncio,
mergulhando na ausência de tudo...
E ssim se espantar com o simples
inerente ao ser.
Perceber enfim,
um horizonte desenhado
na janela fechada que reflete
o desamparo
de saber-se humano.
Diulinda Garcia