O nascer de um Anjo...

Quando nasceu,
Anjos canoros brincavam de roda
e saudaram-no adornados de rosas brancas.
Trombetas ressoavam toadas líricas
calando os trovões!

Nesse dia,
uma estrela de luz brilhou
calando a treva da solidão:
inerte e apagada ela fora;
cometa perenal ela ora vagava...
E os Anjos agora
brincavam de esconde-esconde...


Ao anoitecer,
a chuva lavou o planeta
da ácida aridez humana...
E a plácida nascente transmutou-se
em cachoeira borbulhante.
Os Anjos? 
Ah, os Anjos mergulhavam da
rocha calcária
no seio das águas mágicas!

Quando amanheceu,
as borboletas divinais lhe sorriram
pois entendiam sua sina de vencedor...
O sol brilhou...
A nuvem sorriu...
O vento gemeu...
A liberdade ecoou...
Os Anjos da paz,
guardiões do amor eterno,
enfim brincaram de ser feliz!