Degrau por degrau

"Que a inspiração chegue não depende de mim.

A única coisa que posso fazer é garantir

que ela me encontre trabalhando"...

Pablo Picasso

Degrau por degrau

Escrever é subir escada....Degrau por degrau...Carregando nas costas pesado fardo. A inspiração tem peso de pedra e as vezes de feno. Vem enferrujada ou repleta de luz. Reluz feito ouro.Essa amargura bendita nos conduz ao abismo e podemos sair de casulos e entrar em escuros labirintos, repletos de morcegos e sair pela tangente dos versos, deixando para trás o fardo e pisar em cristais ouvindo Beethoven ou sinfonia que se perdeu na partitura depois de grande incêndio. A inspiração me devora e ao mesmo tempo me trás braçada de flores...Engenhosa essa tal de inspiração...Não gosta de drible, nem de bola na trave...Inspiração é gol de placa. Piano de Mozart, tela de Picasso, poema de Quintana. Plaino no caminho das pedras, invento amores e fico saciado. Posso ir do inferno de Dante ao Paraíso de Zeus...Posso chorar por instantes ou emocionar-me por tempo indeterminado. Passo debaixo do Arco-Íris e continuo homem, tomo banho de chuva e lavo a alma. A poesia acalma os dedos no teclado quando sofro de inspiração e quando me leva a levitação nas asas do albatroz sobrevoando mares, olhando com olhos de águia paisagens que nenhum humano ousou ver com os mesmos olhos do poeta. Meus braços voadores são sinfonia, regida pela orquestra do vento e voo quando escrevo como se estivesse lutando contra à morte, repleto de vida...E vivo, onde mora a eternidade.

Tony Bahi@.

Tony Bahia
Enviado por Tony Bahia em 19/03/2013
Reeditado em 19/03/2013
Código do texto: T4197232
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