SOLIDÃO FRAGMENTADAS

Enquanto a chuva vertia pela minha janela

eu,esboçava os meus pensamentos

o interpelar de meus lamentos,

o porque de meus sofregos

se já não tenho nenhum apego.

Talvez,um queixume,ou lamento,

motivados pelos meus insulamentos

ou,por estar tão só,

como uma ampulheta que derrama o seu pó

medindo a minha solidão,

sem dó ou compaixão.

Sobre a parede,Mona Lisa,com seus ares enigmáticos

me olha de soslaio,

seu sorriso é pragmático

zombeteira a minha dor,

às minhas ideias fragmentadas com bolor.

O relógio na parede compactua ao meu silêncio

ainda marca as horas seis,

há mais de um mês.

Detemos no tempo,

agora,contadas nos tentos.

Os relampejos fulguram la fora,

a chuva é mais amena

nós juntos,contracena,

no esvair dos acasos

perdidas nas valetas do descaso.

Diney Marques
Enviado por Diney Marques em 18/03/2013
Código do texto: T4195427
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