SOLIDÃO FRAGMENTADAS
Enquanto a chuva vertia pela minha janela
eu,esboçava os meus pensamentos
o interpelar de meus lamentos,
o porque de meus sofregos
se já não tenho nenhum apego.
Talvez,um queixume,ou lamento,
motivados pelos meus insulamentos
ou,por estar tão só,
como uma ampulheta que derrama o seu pó
medindo a minha solidão,
sem dó ou compaixão.
Sobre a parede,Mona Lisa,com seus ares enigmáticos
me olha de soslaio,
seu sorriso é pragmático
zombeteira a minha dor,
às minhas ideias fragmentadas com bolor.
O relógio na parede compactua ao meu silêncio
ainda marca as horas seis,
há mais de um mês.
Detemos no tempo,
agora,contadas nos tentos.
Os relampejos fulguram la fora,
a chuva é mais amena
nós juntos,contracena,
no esvair dos acasos
perdidas nas valetas do descaso.