SEDE DE ESCREVER

SEDE DE ESCREVER

Enquanto minha alma trepidar pela frase que ainda não foi escrita, continuarei a escrever. E minha alma é insaciável. Nada a contenta. Está sempre querendo mais do que posso dar. Mais do que pode receber. Enquanto não desvendar as respostas para minhas aflições, continuarei escrevendo. E escrevo aqui mesmo: na "caixinha PUBLICAR" da minha página no Facebook. Revisora que sou, não reviso meus próprios textos. Contraditório? Não. Contraditório seria a normalidade do Word. Lá, perco o rumo. Não encontro a magia que preciso para escrever. Deixo de ser eu em vários aspectos. Censuro-me. Não posso escrever censurando-me. Seria um tormento. Mas enquanto eu tiver algo a dizer, continuarei escrevendo. E tenho muito a dizer, pois não paro de me questionar sobre tudo. Tenho histórias para contar. Histórias que vivi e são merecedoras de uma crônica, mas... Censuro-me. Não sei como contar minhas histórias sem envolver outras pessoas e isso não quero fazer. Um dia encontrarei a forma certa. A frase certa para começar e não parar mais de contar. Não me atraem complexas formas de expressões literárias que aprendi nos livros e nos bancos escolares. Gosto da liberdade e da simplicidade até na hora de escrever. Gosto que entendam o que digo. Gosto de escrever para que qualquer um que leia, com muito ou pouco conhecimento da língua e da literatura possa entender e gostar, ou não. Eliminei aqui os parágrafos. Disparei. E enquanto minha alma trepidar pela frase que ainda não foi escrita, continuarei a escrever. No dia, e o tal dia chegará, em que o receio de escrever tudo o que vi e vivi sem deixar páginas em branco por não poder falar o que não posso falar sem medo de possíveis consequencias, escrevei. Vomitarei em crônicas. Sairão escarros em textos e, talvez, eu me sinta mais realizada e com a sensação de missão cumprida.

PARÁGRAFO.

Por hora, estou migrando das leves e despretensiosas poesias para pequenas crônicas do dia-a-dia. Estou buscando coragem, palavras e o "tom" certo para o que quero que seja um livro.

E enquanto a hora não chega, faço valer meu jeito de ser e viver. E vou escrevendo pedacinhos para juntar os cacos que deixei pelo caminho.

by MarCela Torres

MarCela Torres
Enviado por MarCela Torres em 17/03/2013
Código do texto: T4193724
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