O VERBO
A palavra se despede da oração. O pensamento morto pertence às carpideiras que velam as memórias na pontuação reticente. O luto permanece no cheiro de flores entranhado na coroa de versos e se dispersa na profundidade de ausências no espelho encoberto com as virginais folhas em branco. Contraste de véus nas negras vestes do silêncio. De repente, uma exclamação rompe a ladainha de breves leituras com a violência do pranto de uma nova criação. A palavra purga os passos entre os infernos e paraísos e aterra num horizonte que só os olhos da alma podem alcançar.