Minhas borboletas se foram...
Numa bela manhã de sol,
Notei que minhas borboletas,
Não mais estavam em meu jardim...
Rosas balançam tristes nos seus pés...
E suas lágrimas de orvalho, pendiam
Como olhos vermelhos em noites
De insônia, agonia e abandono...
Minhas borboletas debandaram,
A verdinha que era a preferida
E que fazia minha esperança bendita,
Já não sobrevoava minha cabeça...
Entreguei minha alma na dor
Da cruel e inesperada partida....
Elas já não traziam o odor da relva,
Das gostosas chuvas de verão...
Para onde teriam ido todas elas?...
Era tão cheiroso e lindo o meu jardim,
Tão inocente e leve o meu coração!
Meus olhos, alma e pensamento,
Prantearam delas o enorme vazio...
Quando a borboletinha branca
Apareceu e sobre meu ombro bailou
Em zig e zag, provocando doce arrepio...
Meu sorriso se fez presente, brotou feliz
E acompanhou seu vôo...
E muitas outras foram chegando
Beijando todas as flores e folhas...
Compreendi então, que a tristeza
Me impedia de ver como eram belas
Suas coloridas e diáfanas asas...
Hoje quando amanhece, abro
A janela, todas estão à minha espera,
Como maravilhosa e eterna primavera!
Mary Trujillo
08.11.2004
Respeite os direitos autorais