INQUIETUDE NO AMAR
Por que desejamos tanto que o outro nos conceda felicidade?
Por que desejamos que o outro (um namorado, esposo, esposa, irmão, amigo, colega, um parente próximo) nos complete?
Estamos assim tão vazios do AMOR?
Tal felicidade não estaria , ou não deveria, ou seria possível existir em nós mesmos antes de tudo...?. Dessa forma não estaríamos nós como seres mais plenos de Amor a dar ao outro?
Sei que não somos ilhas e nem deveremos ser...mas quantos de nós estamos tão embebidos do SER do outro que acabamos por deixar de ser nós mesmos, como seres livres interiormente.
Ou será que, a liberdade estaria na partilha do Amor aos outros, sem as amarras desse outro? Todo este exercício filosófico é apenas mais uma tentativa na busca do meu auto-conhecimento...da minha inquietude amorosa do pensar cotidiano.
Ao iniciarmos qualquer relacionamento queremos de imediato suprir nossas necessidades de carinho, de amor e atenção...
Será que nascemos vazios e morreremos tão vazios assim??
Se assim for, então passaremos pela vida vazios...
Então percorreremos uma longa e breve estrada e , mesmo assim, ficaremos vazios...
Que grande alerta esta estrada não pode nos dar...
Penso e sinto então que deveria ser o oposto: Deveríamos nos propor a dar o carinho, o amor e atenção àqueles à nossa volta.
Se o conflito interno que nos toma pelo fato de não recebermos o Amor desejado, aguardado e ansiado do outro, no mesmo nível, ou em grau e intensidade menor, é porque, certamente ainda não aprendemos a AMAR verdadeiramente. Que grande desconforto benéfico essa reflexão me trouxe agora...
Que descoberta infeliz fiz agora: Me envergonho então por saber que estou bem atrasada, no exercício do AMAR...
Patos, 13 de março de 2013
11:30hs