O ESPLENDOR DA BORBOLETA
O ESPLENDOR DA BORBOLETA
Olho sorrateiramente para o lado,
Vejo que desces rapidamente em minha direção.
Torno a olhar,
e deslizando vens em busca de alimento.
Sinto nojo da maneira que rastejas.
Olho para os céus e lamento teu aspecto.
Sinto pena de ti.
Afasto-a,
deixando que sigas teu caminho.
Preocupado com teu futuro,
Protejo-a daqueles que a querem destruir.
Os dias passaram,
E como num passe de mágica,
Vislumbro tuas cores cintilantes,
Em ouro reluzente,
De listras azul- celeste,
A passear em minha janela.
Admiro o teu pousar ,
E começo a recordar tua infância.
És tu,
Sim, és tu linda lagarta,
Transformada em borboleta,
Trazendo para o mundo
A exuberância deste teu esvoaçar.
Hoje já não te arrastas
A procura do teu alimento.
Voas em direção a um futuro brilhante
Nos céus do meu Brasil,
A colorir os sonhos dos apaixonados
Por tua beleza incomensurável.
Maurice Astaire