NUNCA MAIS VOLTOU!
O pássaro vinha todos os dias
cantar na beirada da janela.
Seu canto era mágico, lindo...
Inebriava meus ouvidos e minha alma.
Criou-se entre nós...
um diálogo oculto
que só mesmo o coração podia entender.
Eu não movia um só músculo,
para não assustá-lo.
Inebriada com seu canto
deixava absorver-me a alma
e ele me falava do amor,
cantava o amor
e ele era o próprio amor!
Um dia,
esperei em vão pelo meu pássaro...
Ele não veio...
nem no outro dia,
nem no outro...
Nunca mais voltou!