CORAÇÃO HIPOTECADO

Veio como quilha, trincando os icebergs, chicoteando
o oceano para chegar mais rápido, procurando néctar
para saciar sua sede de desejos, denominado Imperador.
Chegou como brisa fria em verão, com esperanças
de afugentar a eutanásia em minha meia vida. 
Aportou tal fresta de sol de vez em quando na janela semicerrada,
na bagagem trouxe apenas a ilusão  de ter trazido o amor.
Encontrou placa de hipoteca dependurada nos recônditos d’alma.
Fugiu com razão, foi avisado do perigo logo no portal da
cidade fantasma, da qual tanto ouvira falar em viagens.
Melhor seria, não ter tentado amar iludindo  Messalina.
A muito desistida de encontrar guarida em outro olhar.
 
 
 

 






 CORAÇÃO HIPOTECADO

 
Railda
Enviado por Railda em 12/03/2013
Reeditado em 14/11/2013
Código do texto: T4184170
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