Chuva que inspira, 

 

que transpira o olor, 

 

dos corpos frementes e suados. 
Chuva que lambe o telhado,  
escorre pelas ruas,
proclamando nosso cheiro.
Chuva suada.

                      pesada,

quase arcaica, 

 

que ocultou nossos sons pelo quarto,
cúmplice da vicissitude de amor.
Que as nuvens nunca deixem de chorar 
por nossas vidas tão áridas.


Railda
Enviado por Railda em 08/03/2013
Reeditado em 02/02/2016
Código do texto: T4178264
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