A despedida

Nada do que escrevo faz sentido, tudo que escrevo me ofende.

O tempo que me oprime é o tempo que suprime minhas necessidades.

A mulher pela qual suspiro, é a mesma que me causa sofrimento.

Do que adianta conhecer as pessoas, se um dia elas vão embora, e eu nada posso fazer.

Despeço-me com antecedência para não deixar as melhores palavras por dizer; dou flores para quem me deu amores, abraços para quem me deu sorrisos.

Desejo o toque mais do que a própria morte.

Fala-me de amigos - corta-me aos poucos.

Fala-me de amor - leva-me a dor.

Se vais embora, deixa-te ir... Se voltares, vem com fé. Não voltes pela metade, vem inteira: sem queixumes, sem mazelas, sem qualquer tipo de corrente que te possa aprisionar ao passado.

- Eu? sim... estarei aqui sempre para te receber, para te reconhecer... Nunca vou te esquecer, aquilo que sinto é algo que eu ainda não sei ao certo o que é. Talvez um dia eu descubra e te explique.

Escrevo estas palavras no calor da noite, enquanto a lua brilha meu coração chora.

Jvcsilva
Enviado por Jvcsilva em 07/03/2013
Código do texto: T4176582
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