A INVISIBILIDADE DA ALMA

Andamos pelas ruas... são tantos, tantos olhares, tantos cabelos negros, tanta moda em cada um, a cor da pele, do esmalte, dos sapatos de salto... ou não!

É uma bainha desfeita, num corpo escultural que esqueceu de consultar o espelho, antes de sair de casa.

As vezes um sorriso esboçado, uma bolsa de grife - daquelas que se compra na 25 e juramos que é autentica.

O que será que não vemos?

Em cada ruga uma história... pra contar...ou calar...

As pessoas passam e não se olham... ou se olham e não se vêem.

Mesmo que o corpo fosse transparente, ainda assim não conseguirÍamos ver nada além. Esse além... muito além, que chamamos de ALMA.

Essa alma que abriga tristezas, alegrias, emoções..frágeis, um segredo...ou muito mais, o colorido do amor inconstante... o amor eterno, o caráter marcado em grife!

Uma alma que não se deixa ver, tão ou mais frágil que o nosso próprio corpo... um corpo que ultrapassa desafios de força, de resistência. Tão frágil é a alma que não resiste, e se banha com lágrimas sempre que um amigo está indo embora, tão frágil que obriga o corpo a envelhecer para que possa se renovar!

Rugas tatuadas no rosto daqueles que passam e não se vêem, são meticulosamente desenhadas no além... nesse muito além, inatingível, que chamamos de ALMA!

07/03/2013

Lara Ferreira
Enviado por Lara Ferreira em 07/03/2013
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