A Minha Última Ceia
Mordo um pedaço de fé embebido no sangue da descrença, tentando fundir dois mundos que duelam em minha alma.
Quando penso que a fé luminária é algo excelso, me lembro que toda luz necessita de escuridão para brilhar. Sendo assim, a fé é um produto das trevas, do sombrio, do medo que faz ninar a nossa esperança.
Mas mesmo assim mordo um pedaço de fé embebido no sangue da descrença, porém em minha mesa não apontarei os meu traidores, como fez jesus, não delatarei os meu algozes, pois o mal que recebi é um mero detalhe nesta mesa, afinal, essa é a minha última ceia, a minha ultima teia, o sangue da minha morte que já escorre da veia.