Santomé

Pobre mendigo, tão distinto por não estender a mão.

Tristonho Santomé que o pouco que tem dividi com o cão.

Santomé não é querido, pois ninguém olha ao chão,

Mas com suas velhas melodias ele toca o violão.

Não importa se és rico, pobre, ou um garoto,

Ele sorrir para o lento seu descontento em desgosto.

Santomé estar abandonado nas ruas, sem mulher, filhos, ou amigos, esse é o velho Santomé.

Pudera chorar e, ele chora;

Devera sorrir? Não, mas ele sorrir!

Santomé não é sacerdote, budista, ou cristão,

Nunca leu a bíblia, ainda menos o alcatrão.

Para muitos apenas um mendigo, um ancião.

Santomé não é você, Santomé poderia ser.

Uns dirão que Santomé precisa de Deus, porém,

Os mesmos não estendem as mãos.

Outros irão traduzir sua desgraça e o apontarão.

Não é pecado ser pobre, não é pecado não ter pão.

Santomé agora chora, pois o descrevo com emoção.

Alguns agora afirmarão:

Leve pra casa então!

Não os sabe que Santomé, se abriga em meu coração!

Um dia tentei livrar o Santomé de tal destruição,

mas Santomé não quer casa, Santomé quer amor;

Santomé não é Santo, Santomé é meu irmão,

Não por ideologias ou religião.

Santomé é o amor descrito em sofrimento,

Sofrido por falta de atenção.

Sávio Soares
Enviado por Sávio Soares em 06/03/2013
Reeditado em 15/08/2014
Código do texto: T4174278
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.