ALVORADAS ALADAS

E eu ali, absorto pelo instante singelo e prazeroso... Uma bênção as araras azuis e amarelas no terreiro de Marilene Pacheco – soltas – na plenitude do bel-prazer, fazendo algaravia quase todas as manhãs, abençoando o dia num voejar de bicos e asas... Eu fui premiado com a sagração da Providência: estar com elas em vários momentos, até na observação dos cortejos, namoricos alados. E o poema nasceu feito, porque havia Poética no entorno e na linguagem estridente da liberdade expandida no sem-limites... Anjos azuis adejando no firmamento de Urânia mitológica de recente passado, grávida do aqui e agora cultural, visionária de futuros. Frutos e sementes no solo de sua gente e no revoluteio dos pássaros.

– Do livro ALMA DE PERDIÇÃO, 2009/13.

http://www.recantodasletras.com.br/prosapoetica/4173582