LAPSOS

Ainda que o verbo não se faça em carne,

Pela calada da alma que se entristece,

Vede que sofrem os campos orvalhados,

D'onde, outrora, exalara-se o perfume das flores.

E o adro do céu, em nuvens chorosas,

Adormecem nos litorais abortando navios,

Pois vazios estão e jazem naufragados

No horizonte que se buscara, ao menos, a fonte...

Fonte que abrigara os sorrisos da vida

E os vultos dos amores que se fizeram eternos,

Mas, eis que o infame desejo da sublimidade,

(Mor que um colapso da alma iludida),

Despejara-se em lágrimas entristecidas

E se fizera fenecer junto ao ébano das emoções

Pelas serpentes vertidas e deveras sofridas

Em que, por Amor, findaram-se ao abismo das desilusões...

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Giovanni Pelluzzi

São João Del Rei, 04 de março de 2013.

Giovanni Pelluzzi
Enviado por Giovanni Pelluzzi em 05/03/2013
Reeditado em 12/02/2014
Código do texto: T4172054
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