Aurora da Minha Vida

A aurora da minha vida se extinguiu quando acordei de uma noite que me roubou o bom senso. Esse foi o exato momento em que os deuses me deixaram só, para morrer no deserto escaldante da minha consciência, afinal, nunca lhes dei a devida glória. Nunca achei justo que fosse exaltado seres que nada tiveram haver com meus triunfos. Mas foi assim, olho por olho, dente por dente.

Agora os remédios já estão no seu lugar, a musica triste me traz um novo sentido, revelando que pouco sentido há de fato; meus livros me dão explicações interessantes, mas que não me remediam a desilusão, afinal, não há cura para males que se ocultam atrás de máscaras.

Há duas possibilidades reais que desejam se materializar: um triunfo impressionante que quer nascer para me levar a lugares que minha visão não consegue enxergar, mas que meu coração pode sentir, enquanto que a outra é a sujeira dos lugares obscuros no qual estava anos atrás, esta já estende a mão para tocar-me, afinal, basta um passo em falso e lá estarei eu novamente, na sarjeta. E ali, certamente, sim, certamente, ninguém se lembrará de mim.

Profano
Enviado por Profano em 04/03/2013
Reeditado em 04/03/2013
Código do texto: T4171507
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