Amanhã (17/01/1996)
Às vezes parecia tudo tão bonito:
O céu azul com algumas nuvens brancas e estrelas a brilhar,
Vento calmo e sereno a balançar a arvore e eu ali,
Na janela a observar a vida passar.
Na rua, as badaladas das onze horas,
Anunciando à hora de dormir.
Esconder-me atrás de uma simples caneta e um papel qualquer,
Será que mereço viver mesmo assim?
O que é a vida diante de toda tristeza que carrego dentro de mim?
Ontem lua cheia no céu e hoje coração vazio na terra.
Pobre coração bandido, ama e não ama;
Pobre coração menino, se deixa levar;
Pobre coração sofrido, cego e perdido.
Amanhã em qualquer lugar irei te encontrar;
Seja na rua escura, em casa, qualquer lugar,
Amanhã trocaremos beijos e abraços,
Recordaremos momentos de felicidade,
Depois nos deixaremos sozinhos e seguiremos nossos caminhos.